O DREX é o futuro “dinheiro virtual” do Brasil, que será uma versão digital da nossa moeda oficial, o Real. Ele será usado tal como o dinheiro normal, porém terá novas funcionalidades por ser possível “programar” o dinheiro, como veremos mais à frente.
O DREX terá o mesmo valor que o Real, e não sofrerá variações, como ocorre com as criptomoedas, dentre elas a mais famosa: o Bitcoin.
Origem do nome
Segundo o Banco Central (BC), cada letra equivale a uma característica da nova versão do Real.
- “D” – Representa a palavra Digital;
- “R” – Representa nossa moeda, o Real;
- “E” – Representa a palavra Eletrônica;
- “X” – Representa a ideia de coneXão,
Breve Contexto
Em 2008 surgiu o Bitcoin, um “dinheiro virtual” que prometia revolucionar a forma como a humanidade se relaciona com o dinheiro, reflexo das novas relações que as tecnologias da informação criaram.
Em meio a todo o entusiasmo gerado, os governos de vários países começaram a acompanhar esse movimento, e hoje já existem algumas iniciativas para se criar uma versão oficial de “dinheiro virtual”.
Existe uma forma genérica de se referir à uma versão virtual da moeda de um país, que é Central Bank Digital Currency (CBDC) – ou Moeda Digital Emitida por Banco Central, em tradução livre.
Além do Brasil, países como Estados Unidos, Coreia do Sul e Suécia também estudam criar suas moedas digitais emitidas por bancos centrais.
O Banco Central iniciou o projeto em agosto 2020, e desde março de 2023 está em fase de testes em ambiente restrito. Há previsão que os testes com a população iniciem no final do ano de 2024.
Para que serve?
O DREX terá paridade de valor com o Real. Assim, 1 DREX valerá 1 Real. E terá as mesmas funções básicas do dinheiro que usamos, como fazer compras, pagamentos, transferir valores, fazer poupança, adquirir investimentos etc.
A grande inovação virá por ser possível “programar” o dinheiro. Isso significa que será possível atribuir regras específicas sobre como o dinheiro poderá ser usado, ou condições para que uma transferência ocorra.
Um caso clássico é citado quando alguém quer comprar um carro usado, onde as partes envolvidas ficam com receio uma da outra: o vendedor que receber todo o dinheiro antes de transferir a propriedade; o comprador só quer pagar se o carro estiver no seu nome. A situação se complica quando há várias parcelas. Com a possibilidade de “programar o dinheiro” a transação toda será efetivada quando todos os requisitos forem cumpridos, ou seja, a transferência de propriedade ocorre simultaneamente quando todo o dinheiro for transferido.
Alguém pode transferir DREX para pagar uma determinada conta (aluguel, energia etc.) e “programar o dinheiro” para que atenda a essa finalidade, e evitar que o dinheiro seja usado para outra coisa.
Uma empresa pode sortear um “vale-presente” ou “voucher” para seus clientes usando o DREX e garantir que o dinheiro será gasto exclusivamente em sua loja, ou em determinados produtos.
As empresas poderão emitir elas mesmas os vale-alimentação, e vale-cultura, benefícios que estão atrelados ao uso em finalidades específicas, mas que acabam sendo onerosos por depender de terceiros.
Enfim, as possibilidades de uso ficarão a cargo da criatividade das pessoas.
Usar o DREX terá custos?
A expectativa é que sim. O uso do DREX poderá acarretar custos ao consumidor.
O BC explica que é esperado que tenha custos porque o DREX sempre estará associado a serviços financeiros e prestadores de serviços que cobrarão pelos serviços prestados. Ainda assim, espera-se que com a redução de intermediários e a agilidade a ser proporcionada, esses custos sejam menores dos que existem atualmente.
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Fontes:
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/drex
https://www.bcb.gov.br/meubc/faqs/p/desenvolvimento-do-drex
https://www.bcb.gov.br/meubc/faqs/p/lancamento-do-drex
https://blog.nubank.com.br/cbdc-o-que-e-como-funciona/